Comunicado de Imprensa

Perfuração Oceânica: novas plataformas preparam-se para ir mais fundo na descoberta da história da Terra

18 de Abril de 2001



Pavilhão do Conhecimento, Parque das Nações 19 de Abril, 14.30 horas


 

Cientistas portugueses que participaram, recentemente, nas campanhas do Programa de Perfuração Oceânica (ODP) transmitem as suas experiências científicas, amanhã, em Lisboa, pelas 14.30 horas, numa sessão no Pavilhão do Conhecimento.

 

Luís Menezes Pinheiro (Departamento de Geociências da Universidade de Aveiro) falará sobre a Missão 149 à Planície Abissal Ibérica; Susana Martim Lebreiro (Departamento de Geologia Marinha do Instituto Geológico e Mineiro) relatará o seu trabalho na Missão 157 (Gran Canaria e Planície Abissal da Madeira); Fernando José Barriga (co-cientista chefe, Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e Álvaro Pinto (Somincor) falam da sua experiência na Missão 193 (Manus Basin). Esta sessão é organizada pelo Instituto de Cooperação Científica e Tecnológica Internacional.

 

Debater o futuro da participação de Portugal no Programa de Perfuração Oceânica (ODP), que se prepara para iniciar um novo programa de investigações do fundo do mar - designado Integrated Ocean Drilling Program (IODP) - é outro dos objectivos deste encontro. Esta discussão é o contributo nacional para a Conferência APLACON, que terá lugar de 10 a 12 de Maio, em Lisboa.

 

A Conferência é promovida pelo consórcio europeu no ODP, do qual Portugal faz parte.

 

O que é o Programa de Perfuração Oceânica O ODP é uma organização internacional, que reúne cientistas de seis países individuais (Estados Unidos da América, Alemanha, Japão Reino Unido, França, República Popular da China) e dois consórcios de países - o consórcio da Fundação Europeia de Ciência/ECOD (Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Islândia, Itália, Holanda, Noruega, Portugal, Espanha, Suécia, Suiça e Turquia) e o consórcio formado pela Austrália, Canadá, Formosa e Coreia.

 

Portugal, que aderiu ao ODP em 1998, comparticipa em 3% do total de 2,9 milhões de dólares da contribuição do ECOD. O ODP iniciou a sua actividade de sondagem dos fundos oceânicos em 1967.

 

As investigações científicas realizadas em mais de três décadas permitiram adquirir novos conhecimentos sobre a história geológica da Terra, revelando a complexidade dos processos que controlam a criação e a destruição da crosta oceânica, a geração dos sismos, a circulação e a química dos oceanos e as variações climáticas globais. As sondagens ODP revelaram que no interior dos sedimentos e nos poros e fracturas das rochas do fundo dos oceanos se encontram ambientes muito activos onde circula água do mar, vivem micróbios e se acumulam recursos naturais.

 

Uma das mais emblemáticas investigações ODP foi aquela em que foram recolhidas evidências do impacto de um grande meteorito que terá caído na Terra há 65 milhões de anos, no Golfo do Iucatão, e que terá estado na origem da extinção dos dinossauros. O novo IODP O Integrated Ocean Drilling Program (IODP), planeado para começar em 1 de Outubro de 2003, na sequência do actual Ocean Drilling Program (ODP), prevê a expansão da investigação do fundo dos mares, possível pelo aumento da capacidade de perfuração, que passará de um único navio (o "JOIDES Resolution"), para o uso de múltiplas plataformas de perfuração.

 

Para avaliar de que maneira a Europa poderá contribuir em termos científicos para o IODP, realiza-se entre 10 e 12 de Maio, em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, a Conferência APLACON. Trata-se de uma conferência internacional sobre a integração de plataformas/navios oceânicos com missões específicas no IODP, promovida pelo Comité da ECOD, com o apoio da Fundação Europeia de Ciência e do Instituto de Cooperação Científica Internacional (MCT, Portugal). Sites úteis: http://www.oceandrilling.org/ http://www.jeodi.org http://www.iccti.mct.pt

 

MCT, 18 de Abril de 2001

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