Expedição Amazónia

Expedição Amazónia Exposição

Em 1783 partiu de Lisboa uma expedição científica liderada por Alexandre Rodrigues Ferreira. A expedição, intitulada Viagem Filosófica ao Grão - Pará, teve como objectivo inventariar o património natural e etnográfico da Amazónia. Ao longo de quase uma década, a equipa liderada pelo naturalista percorreu os principais rios da bacia Amazónica redigindo memórias e criando um vasto registo visual das espécies, culturas e paisagens da região.

Dois séculos depois, a Viagem Filosófica surge como inspiração e ponto de partida para uma nova expedição que deu origem à Expedição Amazónia Exposição, agora patente ao público no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva. Entre 26 de Dezembro de 2009 e 9 de Janeiro de 2010, ilustradores, fotógrafos, designers, médicos, professores e jornalistas registaram de forma livre e espontânea, dia e noite, as suas impressões acerca da Amazónia, ora a bordo do barco-residência Dorinha, em percursos exploratórios em canoas, ora em caminhadas pela floresta, nas margens do Rio Solimões e do Rio Negro. Uma viagem com muitos riscos, até de lápis, levada a cabo pelo Grupo do Risco.

A mostra é composta por cadernos de campo realizados no terreno pelos ilustradores, reproduções de uma selecção de desenhos, fotografias captadas por três fotógrafos e o projecto multimédia Amazónia 2010, produzido a partir de textos, imagens e sons do local e que é apresentado em formato digital (vídeo) com animação 2D e 3D e banda sonora de João Lucas.

Esta exposição tem um forte contexto histórico e conservacionista porque, não só documenta um dos períodos mais interessantes das expedições científicas portuguesas, como celebra a biodiversidade existente num dos ecossistemas mais importantes do planeta: ali vivem 3000 espécies de peixes, 1500 aves e mais de 50 000 de plantas com flor.

Para além do grande público, a Expedição Amazónia Exposição é recomendada ao público escolar, nomeadamente nas áreas da história e biologia. A vasta colecção de desenhos, ilustrações, fotografias e sons reunidas na exposição revelam-se de grande interesse para as disciplinas artísticas, desde a área de expressões artísticas do 1º ciclo ao curso de artes visuais do secundário e também para cursos superiores de artes plásticas.

“Trabalhámos em cadernos de campo, de pé, em cima do joelho, em mesas improvisadas, com lápis e pincéis nas mochilas, lupas, binóculos, lanternas e cantil. Em grupo, por vezes sozinhos. […] A julgar pelos resultados, parece ninguém ter visto a mesma Amazónia, cada um desenhou a sua”, pode ler-se no catálogo da exposição, que estará à venda na loja do Pavilhão do Conhecimento.

EXPEDIÇÃO AMAZÓNIA EXPOSIÇÃO estará patente ao público até 13 de Janeiro de 2011 e posteriormente disponível para itinerância.









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