Page 38 - As Luzes do Príncipe
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Frank Watson Dyson

                                                 (1868-1939)


            Frank Dyson nasceu a 8 de janeiro de 1868 numa cidade perto de Leicestershire,
            em Inglaterra. Formado na Universidade de Cambridge, aluno do Trinity College,

            cedo se evidenciou no seu interesse pela astronomia, publicando o seu primeiro
            artigo cientíco em 1891. De 1905 a 1910 foi Astrónomo Real da Escócia,
            participando  nas expedições  de  observação  dos  eclipses  solares  a  Portugal
            (1900), Sumatra (1901) e Tunísia (1905). Entre 1910 e 1933 foi o Astrónomo Real
            Britânico - cargo ocial, e de grande prestígio, criada em 1675 com a obrigação

            de corrigir e completar as tabelas dos movimentos dos planetas e posições das
            estrelas no sentido de permitir uma navegação segura por todo o planeta - que
            era simultaneamente o diretor do Observatório de Greenwich.



            Foi no Observatório de Greenwich, entre 1910 e 1913, que se cimenta a amizade
            e o mútuo respeito cientíco entre Dyson e Eddington e que vai permitir que
            ambos façam, em 1917, declarações públicas em favor das observações de 1919
            que o Astrónomo Real, pelo importante cargo que ocupava, toma a iniciativa,

            mesmo sem o pleno apoio da comunidade doa astrónomos, de preparar a
            expedição. Embora sem participar em qualquer das equipas que vai fotografar
            o ocultamento do Sol no dia 29 de maio de 1919, Dyson foi responsável pela

            sua organização e vai ser o primeiro signatário do artigo nas Philosophical
            Transactions A, onde se apresentam os resultados das observações do eclipse
            solar, na Ilha do Príncipe e no Sobral. Morreu a 25 de Maio e, em sua memória, o
            seu nome foi dado a uma cratera lunar.











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