O corpo também fala


Reconhecer e expressar emoções é a base da interacção entre as pessoas. As emoções são transmitidas, não apenas com expressões faciais, mas também com o corpo. Ao exagerar a linguagem corporal, a mensagem torna-se mais forte e mais visível.

Todos usamos máscaras. Todos construímos imagens sociais para nos adaptarmos a determinados ambientes sociais, para responder à expectativa de algumas pessoas. O perigo de usarmos máscaras é o de perdermo-nos no mundo da desejabilidade social e do facilitismo das expectativas que criamos nos outros. O perigo é o de “o” nosso “eu” ficar totalmente difuso entre todos os outros que vão aparecendo na nossa vida.

Desde de quando usamos máscaras?

Desde quando tivemos de construir determinados “eus” para sermos aceites pelo outro? Provavelmente fomos construindo “eus” desde que nascemos... Mas então onde nos encontramos? Será que temos uma real identidade para além de todas estas máscaras com que alegremente nos enfeita todos os dias? Se tirarmos todas as máscaras, todas as construções que fizemos de nós próprios ao longo da nossa vida o que é que resta? E será que resta alguma coisa?

O termo persona tem origem na palavra latina equivalente a máscara, e refere-se às máscaras usadas pelos atores no teatro grego clássico para dar significado aos papéis que representavam.

De acordo com a Psicologia Analítica, persona é o arquétipo associado ao comportamento de contacto com o mundo exterior, necessário à adaptação do indivíduo, às exigências do meio social onde vive. É a maneira como cada sujeito se mostra ao mundo, é o carácter que assumimos; através dela relacionamo-nos com os outros. A persona inclui os papéis sociais, as roupas e o estilo de expressão pessoal. Possui dois aspectos, um positivo e outro negativo. O positivo está associado à possibilidade de adaptação do sujeito ao seu meio social. O aspecto negativo surge quando o Eu identifica-se com a persona, fazendo com que a pessoa se distancie e desconheça a sua real personalidade, a alma.