Sala das fobias


Em caso de fobia, o medo é direccionado para um perigo possível, apesar de improvável. Normalmente, o fóbico compreende que o medo é desnecessário. No entanto, não consegue controlá-lo. As fobias são perturbações mentais bastante comuns e afectam uma em cada dez pessoas.

O medo desempenhou um papel fundamental na adaptação e na sobrevivência da espécie humana. Se não tivéssemos medo, provavelmente a nossa existência já teria sido colocada em causa há muito tempo e a nossa espécie desaparecido. É o medo que nos faz fugir do perigo ou de situações potencialmente perigosas para a nossa existência ou bem-estar. É “normal” sentirmos um medo relativo…

No entanto, medo não é sinónimo de fobia, pois o medo é adaptativo face ao perigo. O que caracteriza a perturbação, e tendo em consideração perspectiva da Associação Americana de Psiquiatria, é um medo excessivo, irracional, que não desaparece mas persiste com o tempo, em relação a um objecto ou a uma situação fóbica (ou mesmo apenas pela sua antecipação, por exemplo, pensar que vai ter que voar de avião ou ter de entrar num elevador). Quando o fóbico está exposto à situação ou ao objecto temido dá-se imediatamente uma resposta de ansiedade (p. e. pensamentos catastróficos, coração a bater aceleradamente, tremer, apertos no peito, etc.). Uma vez que estes sintomas de ansiedade são muito desagradáveis e provocam sofrimento, o fóbico tende a evitar ou a fugir das situações ou objectos que teme. A fobia pode provocar sofrimento ou ansiedade até um ponto em pode interferir, de modo importante, na vida de um individuo (pessoal e profissionalmente).

As fobias são um transtorno bastante frequente na população em geral, estimando-se que tenha uma prevalência entre 4.5 a 11. 8 %. Todavia, só um pequeno número de pessoas procura ajuda psicológica, pois muitos dos fóbicos aprendem a “conviver” ou a “suportar” a (s) sua (s) fobia (s), desenvolvendo formas de evitar o objecto ou a situação que temem. Mas o evitar não resolve o problema e, para além disso, implica um sofrimento elevado para a pessoa.