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Várias formas de escrita

O conhecimento detalhado de qualquer história implica sempre a interpretação de formas de escrita. A tradição oral, para além de se perder com o passar das gerações, é facilmente influenciada pelos que nela estão envolvidos; “Quem conta um conto...”

A leitura dos jornais permite-nos um conhecimento diário do que se passou nos últimos 100 a 150 anos.

Acontecimentos mais remotos, mas ainda recentes na história do Homem, estão ainda bem documentados sob a forma de outros textos escritos.

Mas a escrita não nos permite recuar para além de 4 ou 5 mil anos... e, mesmo assim só em algumas civilizações.

Palavras de outro tipo.O passado mais remoto do Homem é lido nas várias peças resultantes da sua actividade; cerâmica, utensílios de pedra e pinturas ru-pestres são as “palavras” utilizadas pelos arqueólogos para tentarem conhecer o que se passou nas últimas centenas de milhares de anos.

E antes do Homem?

Para tentar penetrar nos inúmeros mistérios que envolvem a História da Terra, houve necessidade de encontrar outras formas de escrita onde esses acontecimentos estivessem registados. As rochas surgem assim como as palavras que os geólogos utilizam para conhecer o passado mais remoto do nosso Planeta.

“Aqui houve um vulcão” - Basalto com fenocristais de piroxena (Manto Basáltico de Lisboa).

“Tenho 160 milhões de anos” - Amonite do Jurássico, Marrocos.

“Aqui já foi fundo do mar” - Vestígios de marcas deixadas por pequenas pedras a arrastarem no fundo do mar há cerca de 300 milhões de anos (Carbónico, Costa Vicentina).

O Livro da História da Terra

Quando deixam de ser lidas isoladamente e passam a ser interpretadas no seu conjunto, as rochas juntam-se para formar um maravilhoso livro de contos... O livro da História da Terra.