Para além do visível - Galáxias fugitivas


 

Na exposição: Toque no ecrã para estudar as galáxias.


As galáxias poderão estar a afastar-se de nós? 

Os padrões de linhas escuras no espectro de luz das estrelas revelam a composição das mesmas, porque a luz de cada substância tem um padrão único de linhas no seu espectro. No entanto, desde o século XIX, os cientistas que estudavam o espectro de luz das estrelas distantes aperceberam-se de um fenómeno invulgar: as linhas que caracterizam o hidrogénio e o hélio estão mais próximas dos comprimentos de onda mais longos, ou seja, da extremidade vermelha do espectro. A este fenómeno dá-se o nome de "desvio para o vermelho".

O "desvio para o vermelho" é explicado pelo efeito Doppler: o comprimento de onda aumenta à medida que a fonte de luz se afasta do observador. Em 1929, Edwin Hubble apercebeu-se de que quanto mais distantes estão as galáxias, maior é o seu "desvio para o vermelho". A partir daqui, concluiu que quanto mais distantes estão as galáxias, mais rapidamente estas se afastam umas das outras. A interpretação de Hubble apoia as teorias do Big Bang e da expansão do universo.

O desvio no espectro da luz das estrelas, causado pelo efeito Doppler, não é detetável pelos sentidos humanos. No entanto, o efeito Doppler pode ser observado no dia-a-dia com a ajuda do som, um outro tipo de onda. O som de uma ambulância que se aproxima parece mais agudo do que o de uma ambulância que se afasta. Quanto mais depressa se move a ambulância, maior a diferença.