Mergulho no tempo - Os primeiros equipamentos de mergulho


O inglês Augustus Siebe inventou o primeiro equipamento de mergulho no início do século XIX, que consistia apenas num capacete ligado a um colete. Mais tarde melhorou-o para uma versão que já permitia uma maior liberdade de movimentos. Esse modelo – semelhante ao fato aqui exposto - permaneceu como modelo padrão para os mergulhadores de profundidade durante quase um século.

O escafandro é a armadura de borracha e bronze usada na cabeça, com janelas de vidro para permitir a visibilidade, e que está ligada à máquina de ar através de um tubo. No barco, havia sempre uma equipa de apoio que manobrava constantemente a máquina e falava com o mergulhador através de um outro tubo de comunicação. Os mergulhadores tinham que usar botas de chumbo e transportar pesos pendurados na zona do tronco para contrariar a flutuação do próprio fato que facilmente se enchia de ar. O fato, feito de tela rugosa, era fechado no pescoço e nos pulsos com vedantes de borracha e ajustado ao escafandro.

Este fato de mergulho pertence ao porto de Lisboa e foi usado durante anos em operações de reparação e de salvamento. Uma dessas operações foi o salvamento do rebocador “Cabo Sardão”, que afundou em 1939 a 20 metros de profundidade no porto de Lisboa. Estas operações eram perigosas e muito duras, uma vez que estes fatos não eram totalmente impermeáveis, não protegiam o corpo da pressão da água e não permitiam que o mergulhador fizesse grandes manobras. Para além disso, dentro deste escafandro a visibilidade debaixo de água era quase nula. 

 

Fato cedido pelo porto de Lisboa