Manobrar as velas


As leis da física e da aerodinâmica fazem com que a vela afete a direção e a velocidade do veleiro. Se tentarmos viajar contra o vento num veleiro, as velas ficam a bater (trapear) e a embarcação não sairá do lugar. Com o vento de popa, o fluxo de ar empurra as velas para a frente e a embarcação movimenta-se no mesmo sentido do vento. A força necessária para mover um veleiro provém da utilização das velas para aumentar o fluxo de ar, da orientação desse mesmo fluxo na direção desejada e da utilização do patilhão. Com um ajuste apertado das velas e uma direção adequada, a embarcação movimentar-se-á com vento lateral e até mesmo contra o vento. Em boas condições atmosféricas, os bons veleiros de regata podem navegar em ângulos de 30 a 35 graus em relação à direção do vento. O patilhão confere estabilidade à embarcação e permite transformar em movimento para a frente as enormes pressões laterais produzidas pelo vento nas velas. Quando o vento aumenta de intensidade, o veleiro tem tendência a inclinar (adornar). A estabilidade é reposta transferindo o peso para o bordo de onde vem o vento ou aumentando o peso no patilhão.