Insectos - os primeiros animais a voar


A capacidade de voar é um dos factores responsáveis pelo sucesso dos insectos. Através do voo os insectos podem aumentar a sua área de alimentação, de dispersão, fugir dos predadores e mais facilmente procurar companheiro(a).

Foram os primeiros animais a voar tendo surgido há cerca de 300 milhões de anos.

As Libélulas

As libélulas e as libelinhas, tambémconhecidas por donzelinhas, tira-olhos ou cavalo-das-bruxas, são excelentes voadoras. Conseguem capturar insectos no ar, pairar e fazer voos rasantes sobre a água.

- Grandes olhos compostos que se juntam no alto da cabeça.

- Em voo conseguem ver em todas as direcções - para cima, para baixo, para os lados e até para trás.

- A boca possui uma forte armadura bucal mordedora.

- Asas muito leves, estreitas e alongadas que funcionam separadamente.

- Em voo lento, o primeiro par de asas bate um pouco mais depressa do que o segundo

- Quando planam ou voam rapidamente, as quatro asas batem em conjunto.

- Forte venação alar - as nervuras conferem resistência e rigidez às asas.

 

Velocidade do voo

A velocidade de voo dos insectos é muito variável, depende do número de batimentos das asas:

- Os mais lentos - 4 a 20 batimentos por segundo - borboletas

- Os mais rápidos - 1000 batimentos por segundo - mosquitos

Um problema de temperatura

Os insectos não controlam a temperatura interna do seu corpo; dependem da temperatura exterior.

As temperaturas baixas causam dificuldades ao voo - precisam de algum tempo para o aquecimento das asas, até atingirem a temperatura suficiente para poderem voar.

Os músculos do voo

Para os insectos baterem as asas para cima e para baixo, usam alternadamente a contracção e o relaxamento de dois tipos de músculos:

- os dorsoventrais, quando se contraem puxam a parte superior do tórax para baixo o que faz subir as asas.

- os longitudinais, contraem-se a seguir, empurrando a parte superior do tórax o que faz baixar as asas.

Este movimento para cima e para baixo não é suficiente para os insectos se deslocarem em voo. Existe ainda um movimento para a frente e para trás que lhes permite avançar.

O conjunto destes movimentos faz com que as asas descrevam um oito ou uma elipse, durante um ciclo de movimento completo.