Lucano ou Cabra-Loura


Os lucanos machos têm força para levantar em peso um outro lucano e o projectar para o chão, como fazem os campeões de luta. Os machos têm mandíbulas que utilizam como ornamento para atrair as fêmeas e para desencorajar outros machos.

Apesar da sua aparência, os lucanos machos não são tão mortíferos como podemos pensar. As suas enormes mandíbulas são fracas e incómodas e só servem para lutar, fazer recuar o adversário ou virá-lo de pernas para o ar. As hipóteses de as utilizar para esmagar um rival são muito remotas, embora a destruição da carapaça dos lucanos equivalha à sua morte.

 

Mandíbulas: mandíbulas enormes e poderosas.

Élitro: protege as delicadas asas posteriores.

Boca: concebida para sugar néctar, seiva e frutos.

Antenas: conseguem descodificar sinais químicos de outros lucanos machos.

 

Atacar e defender: as peças bucais desenvolveram-se com o intuito de proteger.

Medicina I: segundo um registo do historiador romano, Plínio, pendurar um lucano ao pescoço de uma criança previne a tosse convulsa!

Medicina II: na Idade Média as pessoas trituravam-nos para curar a febre. Yack!

No escuro: os jovens lucanos vivem 3 anos em estado larvar dentro de árvores apodrecidas. Assim, estão a salvo de predadores e têm alimento para apoiar o seu crescimento. Infelizmente para eles, os três atribulados anos que levam a crescer, têm como recompensa menos de um ano como adultos, o suficiente para se reproduzirem.

De bosta em bosta: os lucanos são aparentados com os vira-bostas, que alimentam as suas larvas, levando-lhes bolas que fabricam com estrume.

Vegetarianos: comem madeira em jovens e sucos de plantas em adultos.

Espécies: cerca de 300 mil conhecidas (até agora).

Não lhes toquem: os lucanos alimentam-se de troncos de carvalho velhos e apodrecidos tendo um importante papel na “limpeza” da floresta. Nas últimas décadas tem-se assistido na Europa a uma redução continuada dos carvalhais pelo que em certas zonas o lucano é uma espécie ameaçada.