Grilo


Este gafanhoto-de-antenas-longas (também conhecido por esperança) está praticamente extinto em zonas do Norte da Europa, mas o seu primo, o gafanhoto-do-deserto, viaja em enxames que chegam a ter 50 biliões de indivíduos, comendo num dia tanto quanto comem todos os habitantes de Portugal! Os grilos e os gafanhotos pertencem à mesma ordem (há mais de 20 mil espécies no mundo, maioritariamente em áreas tropicais). São famosos pelo seu canto. Este é emitido pela fricção das patas contra as asas (gafanhotos) ou das asas entre si (grilos e esperanças). O mesmo som pode obter-se raspando um pente numa folha de papel. Os gafanhotos ouvem através de uma membrana no abdómen; os grilos e esperanças possuem uma membrana auditiva nas tíbias!

 

Asas: demasiado pequenas para voar, mas ajudam-nos a planar quando saltam.

Canto: produzido pela fricção das asas.

Ovipositor: em forma de aguilhão para abrir buracos no solo e neles depositar os ovos.

Patas: muito fortes, permitem saltos altos e rápidos.

Olhos: compostos e muito sensíveis ao movimento.

Antenas: altamente sensíveis a “odores” e ao toque.

Mandíbulas: fortes para arrancar e moer plantas.

Palpos: ajudam a provar e escolher a comida.

Patas: 6 (3 pares), por serem insectos.

Exoesqueleto: os insectos têm uma carapaça endurecida.

Corpo: cabeça, tórax, abdómen [a indicar por setas].

 

Coro de machos: o “canto” só é produzido pelos machos, geralmente com o propósito de atrair as fêmeas e cada espécie tem um canto próprio.

Ralo: as patas dianteiras são como as das toupeiras e com elas fazem tocas subterrâneas.

Altifalantes: Os ralos constroem galerias sonoras com aberturas em forma de funil que actuam como altifalantes. O som pode ouvir-se até 2 km de distância.

Boas mães: Algumas espécies vigiam o “ninho” até os ovos eclodirem e as crias se tornarem ninfas.

Metamorfose incompleta: ovo, ninfa (várias mudas), adultos.

Espécies: cerca de 20 mil conhecidas.

Trabalho: Alguns grilos e gafanhotos (tal como os gafanhotos-migradores) vivem em grupos, mas outros (como a esperança) levam vidas solitárias, reunindo-se apenas para acasalar.

A um passo da extinção: Este gafanhoto-de-antenas-longas em Inglaterra é raro no seu estado selvagem. Tem sido salvo da extinção graças à libertação de indivíduos criados em cativeiro pelo Jardim Zoológico de Londres. Em Portugal, no Algarve e na Madeira, existe uma espécie parecida (Doeticus albifrons) mas que não está em vias de desaparecimento.