Ana Pereira

8/05/2025- JI da Alta de Lisboa, EB de Santo Amaro, EB Raul Lino

“No dia 07 de maio, um grupo de crianças da educação Pré-Escolar do Jardim de Infância da Alta de Lisboa e duas turmas do 4.º ano das Escolas Básicas de Santo Amaro e Raul Lino, tiveram a sessão “Encontro com cientista “, com Ana Pereira, investigadora no ISPA (Instituto Superior de Psicologia Aplicada / MARE (Centro de Ciências do Mar e Ambiente). Ficámos a saber que quando ainda era criança interessou-se pelos muitos lobos que viviam num Jardim Zoológico perto da sua casa. Esse interesse pelos animais diversificou-se quando pôde observar os inúmeros peixes que habitavam vários aquários da casa da sua amiga de infância, cujo pai era biólogo. Cresceu decidida a estudar melhor o comportamento de organismos marinhos. Já investigadora, começou por estudar as lampreias que são conhecidas por serem parasitas hematofágicos, alimentando-se do sangue de outros peixes. Possuem um corpo alongado e sem escamas, com uma boca circular cheia de dentes afiados. Aprendemos uma curiosidade acerca destes organismos: é que, à semelhança dos bichinhos da seda, passam por metamorfoses: os ovos são depositados em áreas de água doce, após a reprodução, os adultos morrem. As larvas eclodem e vivem enterradas na areia até se transformarem em adultos parasitas. Durante a fase adulta, as lampreias migram para águas profundas para se reproduzirem. E assim começa um novo ciclo de vida. Neste momento, entre o laboratório e a praia, dedica-se ao estudo das anémonas do mar, que parecem plantas, mas são animais com tamanhos e cores variadas, algumas autóctones e outras invasoras, que lutam pelo mesmo “território”. As derrotadas deslocam-se de forma semelhante às lesmas ou flutuam para se fixarem noutros locais. As anémonas-do-mar fixam a coluna às rochas, ao centro encontramos a boca e os tentáculos que têm o veneno nas pontas para paralisar as presas. É altamente tóxico para peixes e crustáceos, no entanto, o peixe-palhaço, como é imune ao seu veneno, selecionou-a como a sua habitação própria permanente. Observamos uma anémona minúscula, à lupa digital, o que nos permitiu observar bem a cor vermelha e pintinhas verdes da anémona morango, que assim, que lhe tocaram, fechou os seus tentáculos.”