Filipe Ribeiro e Diogo Ribeiro
20/02/2025 -JI do Bairro do Armador e EB/JI Alice Vieira e EB/JI Sarah Afonso
No dia 20 de fevereiro, um grupo de crianças da educação Pré-Escolar do Jardim de Infância Bairro do Armador e duas turmas do 3.º ano das escolas EB/JI Alice Vieira e EB/JI Sarah Afonso, tiveram a sessão “Encontro com cientista “, com os biólogos e investigadores, Filipe Ribeiro e Diogo Ribeiro, MARE – Ulisboa – Projeto Life Predator (projeto que tem como objetivo prevenir, detetar e combater a propagação do Siluros nos lagos e albufeiras do Sul da Europa para a conservação da biodiversidade). Hoje, a sessão começou com várias perguntas, O que são peixes? E uma espécie? Muito fácil! Vivem na água, respiram na água, têm brânquias ou guelras, escamas e barbatanas. Pensámos um pouco e … uma espécie são peixes com as mesmas características e que se reproduzem entre si. Quantas espécies de peixes existem no mundo? Tentámos adivinhar, estivemos perto de acertar, mas não acertámos… existem 30.000 espécies no mar, rios e lagos. No Planeta Terra, 70% é água e apenas 0,8% é água doce líquida acessível. Os nossos cientistas estudam os lagos e os rios e os peixes que neles habitam. Em Portugal, existem 62 espécies e 2 grandes famílias: dos Barbos e Carpas, das Bogas e Escalos No rio, existem as espécies nativas e as exóticas, destas 15 são as invasoras. Ficámos a saber que as espécies nativas, tal como, a Lampreia, a Boga (de 2 espécies) e a Ruivoca só existem em Portugal. As espécies exóticas foram trazidas pelo Homem, dentro destas as invasoras põem em risco as outras espécies. Os nossos cientistas disseram que entre peixes não há como saber quem é o invasor e por isso muitas espécies podem ficar extintas se forem em grande quantidade. O projeto dos nossos cientistas surgiu quando se aperceberam da existência deste grande problema. As suas investigações descobriram que a espécie, Silurus glanis, o peixe-gato-europeu, é o maior predador dos lagos e albufeiras do Sul da Europa. Chegou a Portugal em 2006 através do rio tejo. Este peixe pesa 130 kg e mede até 2.8 M. Ele adora comer enguia-europeia, sável, savelha, lampreia marinha e barbo-comum, …come quase tudo, então, o que fazer para tentar solucionar este problema? Os nossos cientistas, ensinaram os pescadores profissionais a não os devolver à natureza e, entretanto, também divulgaram este problema a grandes cozinheiros para o estudarem e confecionarem refeições saborosas. Assim, a biodiversidade dos rios é protegida deste grande predador. A nossa sessão ficou ainda mais interessante e animada quando tivemos a oportunidade de analisar peixes e os utensílios que os nossos cientistas utilizam nas suas pescas, assim como, jogar um jogo para pôr em prática tudo o que aprendemos. O jogo tinha como missão: Encontra o teu par! Invasores à espreita! Nós eramos biólogos, invasores e nativos de um rio, sem ninguém saber quem era quem. Foi muito divertido, fugir dos invasores, pedir ajuda aos biólogos e ver os invasores a serem pescados pelos biólogos. Tudo acontecia com um piscar de olhos!! E é com um piscar de olhos que muitas espécies ficam extintas!! Vamos ajudar??