Inês Afonso e Sara Cabral

22/02/2024- EB São Vicente Telheiras e JI Santa Clara

Os alunos do 4.º1.ª e 4.º2.º da EB de São Vicente/Telheiras e as crianças do JI de Santa Clara receberam as investigadoras Inês Afonso e Clara Cabral do MARE da FCUL. 
Na sala da ECV Pré-escolar, as investigadoras leram a história a “Alguita Poderosa” de Luísa Chaves que serviu como introdução ao trabalho que ambas realizam nos estuários, recolhendo organismos aquáticos para serem estudados. 
Já com os alunos do 1.º Ciclo, as cientistas começaram por questionar os alunos acerca dos animais que habitam estas zonas. Desde peixes, ameijoas e caranguejos, muitos foram os exemplos apontados.
As cientistas dedicam-se ao estudo dos invertebrados, animais que não têm esqueleto, sobretudo ao estudo de espécies exóticas. Todos juntos encontraram a definição de exótico - animais que naturalmente não são de determinada zona e que vêm e ficam a viver. Estas espécies vêm agarradas aos barcos ou trazidas pela mão do ser humana, com diversas finalidades: concursos de pesca, alimentação, fins comerciais,…
Os alunos tiveram a oportunidade de conhecer algumas espécies exóticas, como o caranguejo peludo chinês, oriundo da China e que com as suas pinças corta as redes dos pescadores para comer o peixe. Foram vários os boiões a circular com espécies exóticas invasoras que causam desequilíbrios onde se encontram. Os alunos observaram lagostins vermelhos que levaram à extinção dos lagostins nativos, contudo também contribuíram positivamente pois tornaram-se alimento de cegonhas e lontras. 
Observaram ao microscópio ameijoas vietnamitas e Ameijoa Boa e conferiram as suas diferenças. Observaram uma Alga que chega até nós agarrada aos cascos dos barcos e que é utilizada para fazer temakis (Sushi).
Todas as espécies exóticas invasoras têm consequências para as populações de determinada zona, como disseminação de doenças, extinção de espécies nativas, desequilíbrios ambientais e cadeias alimentares. As cientistas afirmaram que o seu trabalho é encontrar, observar, classificar e registar as espécies invasoras nos estuários dos rios. Os alunos que tenham animais exóticos e que por qualquer motivo não possam continuar a tê-lo, foram aconselhados a entregá-lo num centro de recolha ou no Jardim Zoológico e nunca larga-lo na natureza!