Mário Cachão

11/01/2024 - EB São Sebastião da Pedreira, EB Bairro do Armador e JI Teixeira de Pascoais

Os alunos do 4ºA da Escola Básica do Armador, do 4ºC da Escola Básica São Sebastião da Pedreira e as criançad da sala amarela do Jardim de Infância Teixeira de Pascoais participaram na atividade “Encontro com o cientista” com o geólogo Mário Cachão.  Iniciou a sessão afirmando que a paleontologia é a ciência que estuda o passado, incentivando os alunos a partilhar algumas das suas memórias. Tal como os alunos, também o planeta tem memórias que chegam até nós através das rochas, dos fosseis e dos minerais. Estas memórias têm milhões de anos e para que este conceito fosse facilmente apreendido pelos alunos, comparou um ano a um bago de arroz e apresentou a sua correspondência em relação à sua idade – 9/10 anos. Aumentando o número de bagos rapidamente os alunos fizeram a correspondência de 1 milhão de anos a 10 kg de arroz.
Motivando os alunos para a paisagem da região de Lisboa, referiu que há 120 milhões de anos existia nesta região um Rio Tropical. Sabemos dessa existência através da presença atual de Arenito (grão de areia); posteriormente passou a Laguna Tropical evidenciada pela existência de rocha calcária; há 80 milhões de anos existiu uma paisagem vulcânica, pois encontramos o Basalto nesta região e também já foi uma Baia Tropical, há 15 milhões de anos porque existe Biocalcarenite.
 Expondo três imagens, o professor Mário Cachão propôs um exercício para determinar qual a paisagem que surgiu primeiro: o rio Tejo, a serra da Arrábida ou a serra de Sintra?  A serra de Sintra é a mais antiga e o Rio Tejo o mais recente e consegue-se determinar a data da sua formação através da identificação das rochas existentes. 
As crianças do JI exploraram uma caixa de tesouros da natureza e aprenderam a classificar diferentes objetos em quatro grupos: rochas/seixos, fósseis, conchas e sementes/cascas. Ainda foram desafiadas a tocar numa pedra da calçada, de calcário branco, e imaginar um dinossauro a passar por ali…realmente não deixaria qualquer marca. Mas se aquela superfície tivesse uma composição parecida a uma lama, antes de endurecer, as pegadas do dinossauro ficariam registadas. Quando colocaram os nossos dedos dentro da “lama” sentiram que era bem mole e fresca!
No Pavilhão do Conhecimento também podemos encontrar memórias de um passado que determina a existência de um mar tropical, pelos fósseis de moluscos e bivalves marinhos existentes na pedra Lioz que reveste o museu.
Mais info