2019/20 - EB Santo Amaro e EB Rainha Santa Isabel
A bióloga marinha Mafalda Frade foi a convidada desta semana do Encontro com Cientista.
Mergulhámos em pleno oceano para conhecer o trabalho dos investigadores das espécies que aí habitam e os equipamentos que usam, como luvas de malha, máscara de mergulho, gaiola e máquina fotográfica. Ficaram a saber que no mar cada biólogo tem sempre de estar acompanhado por um colega, que se chama “buddy”, com o qual comunica por gestos.
Aprenderam que os tubarões são parentes próximos das raias e das quimeras e que todos têm um esqueleto feito de cartilagem; A investigadora mostrou diferentes tipos de dentes: uns maiores e mais pontiagudos, semelhantes a garfos, eficazes para apanhar peixe pequeno, e uns dentes serrilhados mas mais pequeninos, que curiosamente cortam como uma faca. Explicou também que a pele dos tubarões é coberta por minúsculos “dentes”, os dentículos dérmicos, que para além de os proteger, facilitam em muito a rápida natação.
Os tubarões podem não ser os pais mais carinhosos deste mundo. No entanto, as mães ovíparas escondem os ovos nas algas ou enroscam-nos na areia de forma a ficarem bem escondidos. Outras espécies, vivíparas, dão à luz em zonas costeiras protegidas, os berçários. Os alunos quiseram saber quantas pessoas são atacadas anualmente por tubarões. Mafalda Frade explicou que em certas partes do mundo, como na Austrália, na África do Sul e na Califórnia algumas espécies caçam mamíferos marinhos e que, muito raramente, quando a visibilidade é má podem confundir os banhistas e surfistas com as suas presas. Mas os alunos ficaram descansados porque o número de ataques é tão baixinho que mais depressa ganhariam o Euromilhões... semana sim semana não.